segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Servant, a série bizarra da Apple TV+


Com uma sinopse aparentemente inocente, Servant é uma das melhores séries de suspense que já assisti até hoje e já já eu te conto porque.
O jovem casal Dorothy (Lauren Ambrose) e Sean Turner (Toby Kebbell) contratam Leanne (Nell Tiger Free) para ser a babá de seu filho recém-nascido. Mas, com o passar do tempo, fica explícito que nada é realmente o que parece.
Com 10 episódios (até agora), a primeira temporada é introduzida de maneira perfeita para mostrar a que veio. Cheia de elementos de suspense (música, penumbra, chuva), somos apresentados ao casal Sean e Dorothy e logo de cara a gente percebe que algo errado não está certo.

Ao receberem Leanne, sua nova babá, em casa, fica muito claro que o casal enfrenta sérios problemas apesar de tentarem sustentar o contrário. A falta de paciência de Sean e o distanciamento da realidade de Dorothy ficam bastante expostos com a constante troca de farpas entre eles. Mas até aí, ok. Pode ser apenas a rotina de mais um casal que se obriga a ficar junto por causa de filho.


O primeiro episódio, em especial, tem uns enquadramentos de câmera bem diferentes, ora focando em detalhes, ora com foco direto no rosto dos personagens. A sensação é que a gente parece ser parte do diálogo também.


Durante um jantar bastante desconfortável, aprendemos que Sean é um chef de cozinha particular e Dorothy uma repórter - por ora, em licença maternidade. Já Leanne, recém chegada do interior, é uma personagem bastante misteriosa, cheia de manias e uma certa bizarrice que a ronda todo o tempo. Seus jantares se resumem a sopa de tomate e tudo precisa estar perfeitamente alinhado na bandeja. Além disso, tudo que sabemos sobre ela é que ela tem 18 anos e nasceu em Wisconsin.

A melhor parte, no entanto, ainda há de chegar.


É somente após 12 minutos de episódio que somos introduzidos a Jericho, filho de Sean e Dorothy, que na verdade 

é 
um 
bebê 
reborn.


E bom, apesar disso, Leanne age como se isso fosse absolutamente normal, o que deixa Sean 100% intrigado feat neurado e um pouquinho pistola.

Pronto, eis o mistério da série. 

Mentira, fica ainda mais bizarro, mas é claro que não vou dar esse spoiler.

O elenco é foda e como temos poucos personagens envolvidos na trama (basicamente o casal, a babá, o cunhado e... o bebê), haja talento para segurar a onda. Mas isso não é um problema. Cada episódio tem por volta de 30 minutos e como já adiantou M. Night Shyamalan (que dirigiu 2 episódios), a ideia inicial é ter um total de 60 (sim, SESSENTA) episódios para concluir a história.

Com isso você pode imaginar que naturalmente a história acaba ficando um pouco arrastada ao longo da temporada, o que só aumenta a expectativa para que a gente ganhe o final que merece o investimento do nosso tempo.

CONCLUSÕES FINAIS


ASSUSTA? Eu não diria que Servant é uma produção que assusta. Sim, em vários momentos cria-se a expectativa do suspense, com elementos que contribuem para uma atmosfera misteriosa. Mas não assista na expectativa de dar pulos ou gritos. Trata-se muito mais de um horror psicológico que uma produção de sustos gratuitos.

VALE A PENA? Baseado no material que tempos até agora (onde mais estaríamos nos baseando?), a resposta é SIM. Já faz tempo que produções desse gênero vem recorrendo a clichês e repetições cansativas e previsíveis. Com Servant, a história é bem diferente. A narrativa poderia cair no lugar comum, mas é absolutamente autêntica e original.

NOTA FINAL: 8.5/10

sábado, 11 de janeiro de 2020

O ano só começa de verdade se existir um novo blog

Bem vindos a 2020. Bem vindos ao BuzzShit.

Escrevo há anos na internet, já tive mais blogs do que posso contar com os dedos das mãos (e talvez dos pés) e acho que possivelmente todos os meus primeiros textos começaram assim. Alguns blogs duraram tempo suficiente para eu me dar conta de que, pasmem, algumas pessoas liam sim os meus textos. Outros foram extintos antes de serem percebidos. Com todos eles, de certa forma, sempre achei que no fundo estava falando sozinha. E na verdade nunca me importei.

Eu trabalho com conteúdo, mas quando tá tudo ali, prontinho para ser publicado, 50% daquilo (às vezes mais) já não é assim tão meu. E aí nas horas vagas eu começo a ter um milhão de ideias sobre como-eu-posso-criar-para-mim-mesma-sem-ninguém-precisar-ver-solicitar-alteração-e-finalmente-aprovar.

Foi pouco antes do recesso de fim de ano que eu pensei em usar meus dias livres para assistir um monte de filme de terror mal avaliado e resenhar cada um deles. Nem preciso dizer que isso não aconteceu... mas eis que estamos aqui, dia 11 de janeiro de 2020, criando um blog para isso.

Minha maior inspiração é Christopher Hudspeth, colunista do BuzzFeed gringo, que faz resenhas hilárias de filmes que assiste em serviços de streaming. Com prints, comentários ácidos e reações genuínas, ele faz quase um step-by-step de toda a experiência de se assistir um longa. O nome é meio obvio: uma simples brincadeira com o site que transforma absolutamente qualquer assunto em algum quizz descolado e fácil de viralizar na internet.

Que tipo de banana você é?
Se você tem curiosidade sobre filmes de terror/suspense, mas tem medo de assistir, eu tô aqui por você! Volto logo (não sei quando, sejamos honestos) com a primeira resenha. Enquanto isso, fiquem com esse post inaugural. Até mais!